INTRODUÇÃO
Este texto serve de apoio ao capítulo 1
da apostila “Luzes e Sombras na História da Igreja“ do Prof Mário Betiato.
Nosso objetivo é ajudar no entendimento da formação da Igreja nascente e as
comunidades dos primeiro séculos. Para nosso estudo, tomaremos como base os
livros A Igreja Católica de Hans Küng, A Amada Igreja de Jesus Cristo
de Geraldo Luiz Gorges Hackmann e Introdução à Eclesiologia de Salvador
Pie-Ninot.
Primeiramente
enfocaremos os conceitos fundamentais sobre Igreja ou a ekklesia e o
princípio fundante da Igreja, depois a escolha dos doze Apóstolos, as bases da
Igreja Una, Santa, Católica, Apostólica e Romana e o princípio da Sucessão
Apostólica. Na seqüência utilizaremos uma cronologia do Livro de Hans Küng onde
ele divide o período entre os anos 30 a 476 em “Primórdios da Igreja”, “A
Igreja Católica Inicial”, “A Igreja Católica Imperial” e a partir do ano 440,
“A Igreja Papal”.
1. IGREJA: CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Do termo grego ‘ekklesía,
do qual deriva o termo latino ecclesia de que provém igreja,
na Septuaginta[1] traduz sempre a expressão
hebraica qahal, que significa “aviso de convocação” e “assembléia
reunida”. Esse termo foi introduzido na época do Deuteronômio, por volta do
século VII aC, com uma fórmula significativa: “O dia da assembléia” (Dt 4,10;
9,10; 18,16), que Moisés pronuncia como lembrança do dia em que o Senhor lhe
ordenara que convocasse o povo em assembléia (qahal = ’ekklésía) para a
celebração da aliança (Dt 23,2-8 = termo assembléia de Iahweh).
O termo grego ‘ekklesía
pode ser entendido tanto em sentido ativo como passivo: de um lado a igreja
como convocação (ativo) e de outro como congregação (passivo).
As línguas germânicas
apresentam uma etimologia um pouco diferente, pois as palavras Kirche,
Church, Kerk, etc são provenientes do grego kyriake,
“pertencente ao Kyrios, o Senhor”, e significa a casa ou a
comunidade do Senhor.[2]
No Novo Testamento, a
freqüência do termo igreja se tornará progressiva, pelo uso evangélico
exclusivo presente em Mt 16,18; 18,17, até às mais de cem vezes – 144
exatamente – em que é utilizado no restante do Novo Testamento[3].
No Novo Testamento, a palavra ‘ekklesía tem três significados
usuais:
a)
Comunidade
local: At 2,47; 8,1,3; 9,31; Rm 1,7; Cl 1,2; Fl 1,1; 1Cor 1,2; 16,1.
b)
Igreja
universal: At 20,28; 1Cor 4,17; 11,16; 15,9; 16,1; 2Cor 8,1; GL 1,13.
c)
A
assembléia litúrgica: 1Cor 11,18; 14,19.
Destes significados
decorrem três conseqüências:
a)
muitas
vezes acontece a confusão sobre o significado de Igreja, quando as pessoas
empregam a palavra Igreja para designar, com o mesmo sentido, o templo e a
comunidade de fé. O tempo, ou o local onde se reúne a comunidade é a igreja com
“i” minúsculo, ao passo que a Igreja como comunidade de fé ou assembléia
reunida, é com “I” maiúsculo;
b)
Por
“igreja” não se entende simplesmente o cristianismo, no sentido de doutrina ou
um conjunto de doutrinas ensinadas por Jesus Cristo. A Igreja é, antes de tudo,
constituída por pessoas que vivem em comunidade, de acordo com a proposta de
Jesus Cristo, professando a fé na doutrina ensinada por ele. Então dizer Igreja
significa referir-se às pessoas que acolhem e praticam a doutrina de Jesus
Cristo em uma comunidade determinada, ao passo que cristianismo refere-se,
primariamente, ao conjunto de doutrinas e de ritos;
c)
A
Igreja não se confunde com a hierarquia eclesiástica, como freqüentemente se
emprega no falar corriqueiro. O uso desta redução – Papa, bispos e padres para
designar a Igreja – é comum, embora errada e funesta, unilateral e prejudicial,
tanto para a hierarquia quanto para o laicato, porque coloca toda a
responsabilidade nos primeiros[4].
Isto estabelece norma de
uma vêz por todas: o significado original de ‘ekklesía, “igreja”,
não era uma hiperorganização hierárquica de funcionários espirituais, normas,
regras ou concílios (papa, bispo, cardeal, padre, diácono, cônego, monsenhor,
diocese, paróquia, tribunal eclesiástico, Código de Direito Canônico....etc),
desligada da assembléia concreta. Denotava uma comunidade reunindo-se num local
específico, a uma hora específica, para uma ação específica – uma igreja local,
embora formasse com as outras igrejas locais uma comunidade abrangente, a
igreja inteira. Segundo o Novo Testamento, a cada comunidade local individual é
dado aquilo de que ela necessita para a salvação humana: o evangelho
para proclamar, o batismo como um rito de iniciação, a celebração
de uma refeição em lembrança agradecida, os vários carismas e ministérios. Assim, cada
igreja local torna a igreja inteira plenamente presente; de fato, pode ser
entendida – na linguagem do Novo Testamento – como povo de Deus, corpo
de Deus e edifício do Espírito.[5]
2.
JESUS: PRINCÍPIO FUNDANTE DA IGREJA
A pregação de Jesus é a semente da Igreja, é a palavra
lançada que encontra terreno fértil e frutifica e vai ser o fermento para a
comunidade reunida, primeiramente em torno de Cristo e seus discípulos, depois,
em volta dos seus apóstolos e mais tarde, após a morte do último apóstolo,
João, ela continua reunida e unida em torno dos seus ensinamentos e pela fé vai
crescendo e expandindo-se.
Podemos dividir esta primeira fase em três etapas:
1. Jesus prega o Reino;
2. Jesus escolhe os doze;
3. Jesus envia os doze.
1ª Fase: Jesus Prega o Reino:
Após o período em que foi tentado no deserto (Mt 4, 11),
o evangelista nos relata que Jesus dá início a pregação do Reino de Deus: “A
partir desse momento, começou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque
este próximo o Reino do Céus”. (Mt 4, 17)[6]. Marcos relata em seu
evangelho: “Cumpriu-se o tempo e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos
e crede no Evangelho” (Mc 1,15).
A expectativa para este novo
tempo proposto por Jesus havia se completado, era preciso arrependimento e crer
na mensagem evangélica que tem como ponto central o Reino de Deus. Mas que
Reino é este que Jesus anunciou? A resposta pode ser encontrada em Isaías 61 ou
Lc 4,16-20: “O espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para
evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar a remissão aos presos e aos
cegos a recuperação da vista, para restituir a liberdade aos oprimidos e para
proclamar um ano da graça do Senhor”.
A diferença de Lucas para
Isaías é que neste último após o ano da graça vem o dia da vingança de Deus. Ao
ler este texto na sinagoga Jesus omite o dia da vingança e pára a leitura no
ano da graça do Senhor. Ou seja, o Reino de Deus é o Reino da Graça, (isso
mesmo com G maiúsculo), Cristo é o consumador da nova aliança, aliança que
prevê no seu bojo paz, alegria, fraternidade, esperança, partilha, comunhão,
inclusão, saúde para o corpo e para o espírito, libertação e justiça. No reino
de Deus não deve haver injustiça, ganância, egoísmo, vingança, rancor que são
obras e frutos do pecado.
2ª Fase: Jesus
escolhe os doze:
Para que sua mensagem pudesse
ser repassada adiante Jesus não apenas chama discípulos, mas entre seus
discípulos escolhe doze que viriam a ser seus apóstolos. Escolhe aqueles que
segundo ele seriam capaz de formar outros discípulos/apóstolos e assim propagar
no tempo e no espaço sua mensagem implantando o Reino de Deus.
O Evangelho de Mateus (Mt
10,1-4) narra assim a escolha dos doze: ”chamou os doze discípulos e
deu-lhes autoridade de expulsar os espíritos imundos e de curar toda a sorte de
males e enfermidades”. Marcos diz que ele chamou quem quis: “Depois
subiu à montanha, e chamou a si os que ele queria, e eles foram até ele. E
constituiu doze, para que ficassem com ele, para enviá-los a pregar, e terem
autoridade para expulsar os demônios” (Mc 3, 13-14). Lucas apresenta a escolha dos
doze após ter passada uma noite em oração: “Naqueles dias, ele foi à
montanha para orar e passou a noite inteira em oração a Deus. Depois que
amanheceu, chamou os discípulos e dentre eles encolheu doze, aos quais deu o
nome de apóstolos” (Lc 6,12-13).
Para que Jesus escolhe os doze:
a.
Para ficar com ele e serem preparados para o seu ministério;
b.
Para realizarem a experiência de Deus.
3ª Fase: Jesus envia os doze
Após a escolhe Jesus os envia
em missão (Mc 6,7-13; Lc 9,1-6), segundo Marcos e Lucas essa escolha se dá na
montanha – monte das oliveiras, local onde Jesus ia constantemente orar com
seus discípulos, costume que continuou entre eles conforme At 1,12. Esta
questão da montanha é muito importante para os Judeus, pois para estes o monte
significa presença de Deus. Um segundo ponto importante é que Jesus é quem toma
a iniciativa de escolher seus discípulos quebrando o sistema rabínico onde o
discípulo escolhia o mestre. Outro ponto fundamental – segundo Lucas – é que a
escolha se dá após uma noite de oração. Para Lucas Jesus sempre ora antes de
momentos importantes.
Após sua ressurreição durante o
tempo em que apareceu aos seus discípulos Jesus é imperativo com eles: “ide
por todo mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Mt 28 19-20; Mc
16,15; Lc 24 47-49). Este envio para missão se dá após sua ressurreição e
conforme At 1 6-8 é o próprio Deus que toma iniciativa de capacitar seus
apóstolos com uma força do alto. Assim a Igreja que vai se formando logo após a
morte de Jesus acontece sob o impacto da experiência de sua ressurreição e do
Espírito Santo. A Igreja continuou sendo o movimento de Jesus com uma
orientação escatológica; sua base, inicialmente, não foi seu próprio culto, sua
própria constituição, sua própria organização com misteres específicos. Sua
fundação foi simplesmente à confissão de fé neste Jesus como o Messias, o
Cristo, como o foi selado com o batismo em seu nome e através de uma refeição
cerimonial em sua memória. Foi assim que a igreja inicialmente tomou forma.[7]
3.UMA
ASSOCIAÇÃO CONSTITUÍDA DE JUDEUS[8]
Roma é a cidade que contém os túmulos
dos dois principais apóstolos. Mas isso a torna a mãe de todas a igrejas? Até
hoje, a gigantesca inscrição na basílica de Latrão, a igreja original do bispo
de Roma, diz: Omnium urbis et orbis ecclesianrum mater er caput - “Cabeça e matriz de todas as igrejas da
cidade e da Terra”. Entretanto, indiscutivelmente não foi Roma, mas sim
Jerusalém a comunidade principal e a matriz do primeiro cristianismo. E a
história da primeira comunidade não foi uma história de romanos e gregos, mas
sim uma história de judeus naturais, falassem eles aramaico ou, como era o caso,
muitas vezes, na cultura helenística da Palestina, grego. Estes judeus legaram
à igreja que estava sendo criada a língua, as idéias e a teologia judaicas, e
assim deixaram uma marca indelével em todo o cristianismo.
Deles é a história das classes
mais baixas sem o mínimo poder político ou econômico, incluindo uma grande
número de mulheres. Seguindo o exemplo de Jesus, havia particular abertura aos
pobres, oprimidos, miseráveis, desesperados, discriminados e proscritos. Nem
todos eram pobres no sentido financeiro. Havia aqueles (como o próprio Pedro)
que possuíam casas; alguns depois disponibilizavam as mesas para assembléias.
De acordo com a mensagem de Jesus, havia um convite à libertação interna das
posses e à generosidade; sem dúvida, houve casos de renúncia voluntária as
posses. Entretanto, o quadro ideal não foi sustentado por outras testemunhas;
não houve renúncia geral à propriedade na primeira comunidade. Na esperança do
futuro reino de Deus – que já chegara no advento de Jesus à vida e na experiência
do Espírito de Deus – não exigia que ninguém se desfizesse de seus bens, mas
solicitava-se ajuda aos necessitados e o compartilhamento das posses. Portanto,
isso não foi uma divisão de bens de uma forma comunista, porém mais uma
comunidade demonstrando solidariedade social.
A primeira comunidade cristã
não queria de forma alguma se separar da comunidade ou da nação judaica, mas
sim permanecer integrada ao judaísmo. Afinal de contas, ela compartilhava com
todos os judeus a crença no Deus único (Shema Israel) e era fiel às
Sagradas Escrituras (Tenach). As pessoas também visitavam o templo, recitavam
os salmos e continuavam a observar a lei ritual e os festivais, e as regras
relativas à higiene e à comida. A única coisa que elas não permitiam que lhes
fosse tirada de forma alguma era a crença em Jesus, o Messias, Christos
em grego. A vida inteira destes “judeus cristãos”, seu pensamento e sua prática
concentravam-se nele, aquele que havia sido crucificado e ainda assim estava
vivo. Para eles, a proclamação do reino feita por Jesus tornou-se uma
proclamação de Jesus o Messias, e o evangelho pregado por Jesus tornou-se o
evangelho sobre Jesus Cristo. Se fosse batizada em nome de Jesus participasse da
refeição de ação de graças em sua memória, a pessoa pertencia visivelmente à
comunidade de fé daqueles que acreditavam em Cristo. Mas como aconteceu a
ruptura entre judeus e cristão?
4. A RUPTURA
ENTRE JUDEUS E CRISTÃOS[9]
As perseguições e as execuções contribuíram
de forma decisiva para o isolamento. Num estágio muito inicial, as execuções,
primeiro, do judeu-cristão helênico Estevão; depois, de Tiago, filho de
Zebedeu, um dos doze em 43; Tiago menor no ano 62; Paulo, o apóstolo dos
gentios, preso em Jerusalém e executado em Roma após um julgamento que durou
mais de dois anos (64 d. C.) e Pedro executado também em Roma, provavelmente,
entre os anos 64 a 67.
O primeiro Concílio de
Jerusalém que toma a decisão de não mais ser necessário tornar-se Judeu para
depois ser batizado Cristão foi também um fator decisivo para o início da
separação. Entretanto a ruptura definitiva aconteceu após a destruição do
segundo templo, em 70 dC, pelo General Tito ocasionando a dispersão dos judeus
no que chamou-se de “diáspora”. Neste ano um “conselho” judaico em Jamnia
(próximo a Jaffa) composto de fariseus determinou a excomunhão formal dos
cristãos, uma “maldição aos hereges”, que seria repetida no início de todo
culto na sinagoga. Isto teve sérias conseqüências sociais. É certo que pelas
sombras na história da Igreja Católica muitos não a poupam de críticas, no
entanto também é preciso que se diga de forma bastante inequívoca que o
antijudaísmo que já pode ser encontrado entre os cristãos judeus, e que, de
maneira lamentável, já está registrado nos evangelhos de Mateus e João, teve
suas raízes decisivas nesta perseguição aos cristãos e em sua exclusão da
sinagoga. A excomunhão dos cristãos pelo sistema farisaico precedeu todas as
perseguições dos judeus por cristãos.
5.
O PRINCÍPIO DA SUCESSÃO APOSTÓLICA[10]
A sucessão apostólica é um
princípio próprio da Igreja Católica, embora compartilhado por outras
confissões cristãs. Esse afirma que os bispos são sucessores dos doze
apóstolos. Tal afirmação procede da Tradição e do Magistério e que, por isso,
se impõe como um dado de fé.
Mas o princípio da sucessão
apostólica não aconteceu por acaso. Ele surgiu, em primeiro lugar, na vida
prática da comunidade eclesial e, depois, foi formulado teologicamente. Assim,
a formulação teórica é um processo segundo, antecedido pela pratica eclesial.
Tal princípio foi sendo elaborado como resposta às necessidades do momento e,
ao mesmo tempo, como esclarecimento da verdade de Jesus Cristo recebida pela
Igreja.
O Antigo Testamento vê a sucessão no ministério central do
sacerdócio, que acontecia pela pertença à tribo de Levi, mais especificamente,
da família de Aarão.
O Novo Testamento oferece duas fases: a primeira, onde o retorno do
Senhor é esperado para breve e, por isso, não há uma preocupação de organizar a
Igreja, pois os apóstolos são Igreja, no sentido de que eles é que mantêm a
Igreja; a segunda, quando os doze compreendem que vão morrer em breve e existem
ameaças de divisão e de doutrinas falsas, começam a organizar a Igreja. A
providência dos doze é instituir ministérios, a fim de assegurar a continuidade
e a permanência da missão e do ministério, com a conseqüente continuidade da atividade
apostólica.
Os
textos que indicam a instituição de colaboradores, por parte dos doze, escritos
ainda quando eles estavam vivos, são Mt 28,18-20 e At 1,8, que traduzem a
consciência de que a Igreja tinha de realizar uma missão recebida por um
mandato do Senhor, por meio dos doze (mais tarde de modo particular em Paulo).
O
texto de Mt 28,18-20 é o texto mais importante, por ser o último legado de
Cristo, e aponta quatro elementos decisivos para a sucessão no ministério: a)
envio pessoal com a tarefa de fazer discípulos de Jesus todo os povos; b) ação
sacramental pelo rito do batismo, sem o qual ninguém pode ser cristão; c)
ensinar a observar o Evangelho como conversão e remissão dos pecados; d) a
presença permanente de Jesus Cristo, que acompanha a atividade missionária, a
tal ponto de ele estar em ação, quando o apóstolo atua com seu envio e missão
sacramental na Igreja, enquanto “servidor de Cristo e administrador dos
mistérios de Deus” (conforme 1Cor 4-1).
O
mandato ou a missão comporta uma função de absorver, acompanhada dos meios
necessários para sua realização. Tais meios estão fundados no poder de Cristo e
na sua presença no círculo dos doze. Essa presença durará até o fim, pois a
missão supera o espaço e o tempo, conforme indica a apostolicidade da Igreja.
Os
doze tomam providências, para que a missão continue após eles, estabelecendo
presbíteros. O texto de Jo 20,21: “Assim como o Pai me enviou, assim também eu vos envio”
indica bem essa situação. Paulo faz isso nas comunidades fundadas por ele:
Listra, Icônio, Antioquia (cf. At 14,23), talvez em Éfeso (At 20,17-23). Alguns
ministros, delegados por eles, vigiam o caminhar da comunidade: Tíquino,
Épafra, Tito, em Creta, e Timóteo, em Éfeso. Há colégio dos presbíteros (2Tm
1,6; 1Tm 4,14), que devia conservar a sã doutrina, conservando o depósito
recebido dos doze, e assegurar a continuação da obra apostólica, instituindo
presbíteros locais (Tt 1,5) e usando uma autoridade superior a eles (1Tm
5,17-22), transmitir a doutrina (2Tm 2,2), escolhendo os capazes, por sua vez,
de bem transmiti-la (Tt 1,9; 2,1-15). A sucessão dos doze se dá pela imposição
das mãos, conforme eles faziam (At 6,6; 13,3; 14,23; 1Tm 4,14; 5,22; 2Tm 1,6;
Tt 1,5).
8.
IGREJA UNA, SANTA, CATÓLICA, APOSTÓLICA E ROMANA.
8.1 UNA
– a unidade da Igreja (de culto, de governo e de doutrina)
Os apóstolos e a Igreja nascente não admitem doutrinas
diferentes que possam causar divisão. Jesus ensinou uma só doutrina quem
ensinar coisa diferente deve ser afastado da Igreja.
“Recomendo-vos,
irmãos, que tomeis cuidado com os que produzem divisões contra a doutrina que
aprendestes. Afastai-vos deles” (Rm 16,17).
“Entretanto, se alguém vos anunciar um
evangelho diferente do que vos anunciamos, seja anátema” (Gl 1,8)
Para a Igreja nascente só
há um Senhor e sua mensagem é única e portadora de unidade, pois o próprio
Jesus rezou para que todos fossem um.
“Quem não está comigo
é contra mim” (Mt
12,30).
“...há um só Senhor,
uma só fé, um só batismo; há um só Deus e Pai de todos, que é sobre todos, por
meio de todos e em todos” (Ef 4, 5-6).
“ Não rogo apenas por
eles, mas também por aqueles que por sua palavra hão de crer em mim. Para que
todos sejam um, assim como Tu, Pai, estás em mim e eu em ti, para que também
eles estejam em nós e o mundo creia que tu me enviaste” (Jo 17, 20-21).
A Nova Aliança é entendida como uma unidade de culto e de
vida para os que aceitam a Boa Nova, pois, e pela participação na eucaristia
que se dá a unidade dos cristãos entre si, com Cristo e com a Igreja, sendo
também pela comunhão eucarística que se realiza a unidade da Igreja em Cristo,
como podemos ver nos Evangelho de João, no livro dos Atos e nos escritos de
Paulo:
“Mas tenho outras
ovelhas que não são deste redil. Devo conduzi-las também; elas ouvirão a minha
voz, então haverá um só rebanho e um só pastor” (Jo 10,16; Mt 16,15-16).
“A multidão dos que
haviam crido era um só coração e uma só alma. Ninguém considerava
exclusivamente seu o que possuia, mas tudo entre eles era comum” (At 4,32).
“Eu vos exorto,
Irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo: guardai a concórdia uns com os
outros, de sorte que não haja divisões entre vós; sede estreitamente unidos no
mesmo espírito e no mesmo modo de pensar” (1 Cor 1,10).
“Já que há um único
pão, nós embora muitos, somos um só corpo, visto que todos participamos deste
único pão” (1 Cor 10,17).
8.2 SANTA – a
Santidade da Igreja
O Entendimento da santidade da Igreja se verifica pela
santidade de seu fundador, pelos santos mártires que testemunharam com sua vida
a fé e o amor em Cristo, e por sua doutrina e pelo seu fim.
“Quem, dentre vós, me acusa de pecado”? (Jo 8,46).
A finalidade da Igreja é o Reino de Deus e a santificação
do ser humano.
“Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância” (Jo 10,10).
“...para apresentar a si mesmo a Igreja, gloriosa, sem
mancha nem ruga, ou coisa semelhante, mas santa e irrepreensível” (Ef 5,27).
“...minha doutrina não é minha, mas daquele que me
enviou. Se alguém quer cumprir sua vontade, reconhecerá se minha doutrina é de
Deus ou se falo por mim mesmo” (Jo
16b-17).
“Saúdam-vos todos os santos” (2Cor 13,12b).
“ a vós todos que estais em Roma, amados de Deus e
chamados à santidade...” (Rm 1,7).
“...o qual se entregou a si mesmo por nós, para remirnos
de toda iniqüidade, e para purificar um povo que lhe pertence, zeloso no bom
procedimento” (Tt 2,14).
Há na Igreja muitos santos
canonizados, mas também muitos outros que viveram praticando o bem no
anonimato. Mesmo que haja elementos não santos entre milhões de fiéis isto não
diminui a santidade da Igreja, pois mesmo entre os doze houve aquele que traiu
Jesus.
8.3
CATÓLICA – a catolicidade da Igreja.
Não
encontramos a palavra “católico” no Antigo Testamento e nem no Novo. Aparece
pela primeira vez aplicada a Igreja com Inácio de Antioquia por volta do ano
110, em uma carta enviada a comunidade dos Esmirnenses: “onde quer que se apresente o bispo, ali também esteja a comunidade,
assim como a presença de Cristo Jesus também nos assegura a presença da Igreja
Católica”.
Para esta utilização do
“católico” em relação a igreja há duas correntes de interpretação: a) uns a
entendem como a Igreja Católica cujo chefe é Cristo, entendendo-a no sentido universal,
de totalidade da Igreja; b) outras a entendem que sem o bispo não há verdadeira
Igreja, não há legitimidade; aqui católico significa verdade e autenticidade.
Assim desde então permanece
a dualidade permanente: universal e verdadeira ou ortodoxa.[11]
O Concílio de Nicéia, Na
Ásia Menor, convocado e presidido pelo Imperador Constantino consagrou
oficialmente a designação “Católica” aplicada então à Igreja organizada: “...Creio
na igreja una, santa, católica e apostólica...”
A
Igreja é católica ou universal, porque a Boa Nova da Salvação em Jesus Cristo é
universal, sem distinção de raça, cor ou condição e porque, a doutrina de
Cristo é para salvar o mundo inteiro e deve ser anunciada a todos os povos.
“E esta boa Nova do
Reino será proclamada no mundo inteiro” (Mt 24,14; Mc 16,16; Lc 24,47).
“Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem
discípulos...” (Mt
29,19).
“...e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em
toda Judéia e na Samaria, e até os confins da terra” (At 1,8)
“Eles
virão do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e se sentarão à mesa do
Reino de Deus” (Lc 13,29).
8.4 APOSTÓLICA – a apostolicidade da Igreja
A idéia da apostolicidade da Igreja
está baseada no Novo Testamento conforme Jo 20,21: “Como o Pai me enviou,
eu também vos envio”, ou Mt 28,18-20: “Toda a autoridade sobre o
céu e sobre a terra me foi entregue. Ide, portanto, e fazei que todas as nações
se tornem discípulos, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo
e ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei. E eis que eu estou convosco
todos os dias, até a consumação dos séculos”, ou a tradicional passagem
de Mateus 16,13-19 que assegura o primado de Pedro: “Também eu te digo tu
és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e as portas do inferno
nunca prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus e o que
ligares na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será
desligado nos céus”, e
ainda o pedido de Jesus à Pedro para que apascente suas ovelhas contido em João
21,15-17.
Foi
à Pedro concedida a primeira aparição de Jesus Ressuscitado conforme 1Cor 15,5
e Lc 24,34 o que levou os outros apóstolos a acreditarem ser ele o mais
importante do grupo.
Paulo
atesta, que três anos após sua conversão, dirigiu-se primeiramente a Cefas,
antes de outro apóstolo e ficou com ele cerca de quinze dias, conforme Gl 1,18
Quanto
a Pedro ainda podemos ressaltar sua tradição nas seguintes passagens:
-
A
escolha de Matias ao lugar de Judas é Pedro quem preside (At 1, 15-26);
-
No
dia de Pentecostes é o primeiro a anunciar o Evangelho (At 2, 14-36);
-
Testemunha
diante do Sinédrio
a mensagem de Cristo (At 4,8-12);
-
Acolhe
na Igreja o primeiro pagão, Cornélio (At 10);
-
Decide
sobre a questão dos judaizantes (At 15,7-12);
8.5 ROMANA – a romanicidade da Igreja
A Romanicidade da Igreja
não é uma característica essencial, mas é puramente histórica. Pedro o primeiro
Papa morreu em Roma no ano 67, e foi nesta cidade que ele deu seu testemunho de
fé em Cristo, sendo martirizado, e onde está seu túmulo. Seus sucessores, os
bispos de Roma, continuaram governando a Igreja daí. E como na época Roma era a
capital do grande império Romano, que abrangia todo o mundo então conhecido,
assim também Roma passa a ser o centro espiritual da Igreja.
9.
PRINCIPAIS CARACTERISTICAS DA IGREJA
A Igreja nascente é uma
Igreja pobre, sem posses; pequena, começa apenas doze integrantes; por diversas
vezes perseguida pelo poder romano; e por esta razão uma Comunidade de mártires,
pessoas que testemunhavam com a vida sua fé em Cristo; esta Comunidade apesar
das situações desfavoráveis manteve-se fiel ao projeto de Jesus Cristo e
tornando-se Igreja de missionários
expandiu a essência da identidade cristã.
No entanto ainda podemos ressaltar
outras seis características essenciais desta pequena associação de fiéis:
1.
É
uma Igreja Carismática. Como o próprio apóstolo Paulo vai dizer em suas cartas
sobre a riqueza desses carismas.
2.
É
uma Igreja Ministerial. Os carismas animam os ministérios que tem como objetivo
o serviço a Comunidade.
3.
É
uma Igreja do Serviço. A diakonia, em grego significa serviço, é uma Comunidade
que serve aos que necessitam.
4.
É
uma Igreja da Comunhão. Em grego a koinonia,
que significa comunhão é vivida intensamente pelos primeiros cristãos.
5.
É
uma Igreja da Unidade. Vivem a união fraterna entre eles e são unidos ao ideal
de Cristo que é o Reino de Deus.
6.
Uma
Igreja da Oração. Assim como Jesus também são pessoas orantes, aliás sem o
poder desta oração não viveriam muito tempo para suportar as primeiras
perseguições e martírios.
10. ANEXOS
CREDO DO CONCÍLIO DE NICÉIA
Aprovado em 19.6.325, Nicéia, Ásia Menor (marco do surgimento da Igreja Católica)
"Cremos em um só Deus, Pai Todo-Poderoso, criador de todas as coisas, visíveis e invisíveis. E em um só Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, unigênito do Pai,
da substância do Pai; Deus de Deus, Luz de Luz.
Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai; por quem foram criadas todas as coisas que estão no céu ou na terra.
O qual por nós homens e para nossa salvação, desceu do céu, se encarnou e se fez homem. Padeceu e ao terceiro dia ressuscitou e subiu ao céu.
Ele virá novamente para julgar os vivos e os mortos.
E cremos no Espírito Santo.
E quem quer que diga que houve um tempo em que o Filho de Deus não existia, ou que antes que fosse gerado ele não existia, ou que ele foi criado daquilo que não existia, ou que ele é de uma substância ou essência diferente do Pai, ou que ele é uma criatura, ou sujeito à mudança ou transformação, todos os que falem assim, são anatemizados pela Igreja Católica e Apostólica."
Credo
niceno-constantinopolitano: definido no Concilio de Constantinopla em 381
Creio em um só
Deus, Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra, de
todas as coisas visíveis e invisíveis. Creio em um só Senhor, Jesus
Cristo, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os
séculos: Deus de Deus, Luz da luz.
Deus verdadeiro de Deus
verdadeiro, gerado não criado, consubstancial ao Pai.
Por Ele todas as coisas foram feitas.
E, por nós, homens, e para a
nossa salvação, desceu dos céus:
e encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e se fez homem.
Também por nós foi
crucificado sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado.
Ressuscitou ao terceiro dia,
conforme as escrituras; E subiu aos céus, onde está sentado à direita do Pai. E
de novo há de vir, em sua glória, para julgar os vivos e os mortos;
e o seu reino não terá fim.
Creio no Espírito † Santo, Senhor
que dá a vida, e procede do Pai;
e com o Pai e o Filho é
adorado e glorificado: Ele que falou pelos profetas.
Creio na Igreja, Una †,
Santa, Católica e Apostólica.
Professo um só batismo para
remissão dos pecados.
Espero a ressurreição dos
mortos; E a vida do mundo que há de vir. Amém.
O RUMOR
Minúncio Félix, advogado de Roma, por volta do ano 200, escreveu um,
diálogo em que narra uma discussão entre um cristão. Otávio, e um pagão. Este
último repete os rumores horríveis que circulam a respeito dos cristãos. O texto
abaixo oferece um apanhado geral dessa discussão. O pagão mostrará a Otávio,
num tom calmo e persuasivo, quem são verdadeiramente os cristãos.
“Ouço dizer que, compelidos por alguma absurda crença, eles consagram e
adoram a cabeça do animal mais vil, o asno. O relato que se faz da iniciação
dos adeptos é tão horrível quanto inédito. Uma criancinha recoberta de farinha
para enganar o noviço ingênuo, é posta diante daquele que deve ser iniciado nos
mistérios. Iludido por esse bloco enfarinhado, que o leva a crer que seus
golpes são inofensivos, o neófito mata a criança (...). O sangue desta última é
lambido avidamente por eles, que disputam os seus membros e é por essa
cumplicidade no crime que se comprometem a um mútuo silêncio (...)!
E seus banquetes, todo mundo os conhece, por toda parte se
fala deles (...). Nos dias de festa, eles se reúnem para um festim, com todos
os seus filhos, suas irmãs, suas mães, pessoas de todos os sexos e de todas as
idades. Lá, após terem comido de maneira copiosa, quando a animação do festim
está no auge e o ardor da embriaguez acende as paixões incestuosas, eles
impelem um cão amarrado ao candelabro a pular, jogando-lhe um bocado de comida
para além da extensão da corda que o prende. A luz que teria podido traí-los,
se extingue (...). Então eles se abraçam ao acaso e, se nem todos são
incestuosos de fato, são-no pela intenção.
Minúncio Félix, Octavius, IV, 6, cidato em Labriolle, La Réaction païenne, p. 91.
In Para ler a HISTÓRIA DA IGREJA. Das origens ao séculos XV. Jean COMBY, São
Paulo, Ed. Loyola, 1993, p. 34.
OS MÁRTIRES DE LIÃO
A todas as perguntas Sanctus
respondia em latim: “Sou cristão”; essa afirmação substituía, para ele, nome,
cidade, raça e tudo o mais; e os pagãos não ouviam dele nenhuma outra palavra
(...) Para terminar, eles lhe aplicaram lâminas de ferro incandescentes nas
partes mais delicadas do corpo. Elas o consumiam. Mas Sanctus permanecia
inflexível e inabalável, firme em confessar sua fé, recebendo da fonte celeste,
como um orvalho revitalizador, a água viva que brota dos flancos de Cristo. Seu
pobre corpo testemunhava o que havia ocorrido: não era mais que pisaduras e
feridas; encarquilhado sobre si mesmo, ele deixara de ter uma aparência humana. Mas, nele, Cristo
sofria e realizada uma obra grande e gloriosa ele tornava impotente o
adversário e mostrava aos outros, a título de exemplo, que nada é temível aí
onde se encontra o amor do Pai, nada é doloroso aí onde está a glória de Cristo
(...).
O
bem-aventurado Potino, a quem fora
conifado o ministério do episcopado em Lião, tinha então mais de noventa anos..
Ele demonstrava uma fraqueza física extrema, respirando com dificuldade, mas
sob a influência do Espírito e em seu desejo ardente pelo martírio, recuperava
suas forças. É arrastado, também ele, ao tribunal; seu corpo velho e doente o
abandonava, mas, ele velava sua alma, para que por ele, Cristo fosse
glorificado. Levado pelos soldados ao tribunal, ele estava escoltado pelos
magistrados da cidade e por todo o povo, lançava contra ele todos os tipos de
vociferações, como se dirigisse ao próprio Cristo; ele prestou um belo
testemunho. Interrogado pelo legado acerca do deus dos cristãos, repondeu: “Tu o conhecerás se fores digno dele (...)
Blandina, suspensa num poste, estava exposta para
servir de pastagem aos animais que foram soltos sobre ele. Ao vê-la suspensa
nessa espécie de cruz, ao ouvi-la rezar em vos alta, os combatentes sentiam
aumentar sua coragem: no meio de seu combate, eles viam, com seus olhos
corporais, através de sua irmã, aquela que foi crucificada por eles, a fim de
mostrar a seus fiéis que todos aqueles que sofrem para glorificar Cristo
conservam sempre a união com o Deus vivo (...).
A bem-aventurada Blandina, a última de todos, como uma
nobre mãe que, apos, ter encorajado seus filhos, fê-los caminhar vitoriosos
para o rei. sofria, por seu turno, o rigor de todos os combates, trabalhos por
esses seus filhos, fê-los caminhar vitoriosos para a rei, sofria, por seu
turno, o rigor de todos os combates travados por seus filhos. Agora ela se
apressava em reunir-se a eles feliz e radiante de alegria por causa dessa
partida, como se tivesse sido convidada para um banquete, e não lançada às
feras. Após o chicote, as feras, a grelha, as pessoas acabaram por jogá-la numa
rede e por expo-la, dessa maneira, há um touro
Muitas vezes projetada no ar por esse animal, ela nem mesmo chegava perceber O que em consentimento
consigo, absorvida que estava na esperança e na expectativa de sua fé, bem como
em sua conversa com Cristo. Também ela é decaptada e os próprios pagãos
reconhecem que nunca, entre eles, uma mulher havia suportado tantos e tão
graves tormentos (...)
Carta dos
cristãos de Lião e de Viena, conservada por Eusébio de Cesaréia. História
Eclesiástica, V. 1. Trad. C. Mondésert.
[1] Mais antiga tradução do hebraico p/o grego séc III aC Alexandria (Egito) a pedido do Rei Ptolomeu
Filadelfo. Texto mais usado pela Igreja Nascente.
[2] A
amada Igreja de Jesus Cristo, Geraldo L. B. Hackmann, EDIPUCRS, Porto Alegre,
pg 27.
[3] Introdução
a Eclesiologia, Salvador Pie-Ninot, Edições Loyola, SP, 2ª edição, pg 27.
[4] A
amada Igreja de Jesus Cristo, Geraldo L. B. Hackmann, EDIPUCRS, Porto Alegre,
pg 27-28.
[5] A
Igreja Católica, Hans Küng, Editora Obtetiva, RJ, pg 30.
[6] A
Bíblia de Jerusalém dá a seguinte nota para esta citação do Reino de Deus: “A
realeza de Deus sobre o povo eleito, e por meio dele sobre o mundo, ocupa o
centro da pregação de Jesus, como o ocupava o ideal do AT. Ela admite um Reino
de “santos”, dos quais Deus será realmente o Rei, porque o seu reinado será
reconhecido por eles no conhecimento e no amor. Essa realeza, comprometida em
virtude da revolta do pecado, deve ser restabelecida por uma intervenção
soberana de Deus e do seu Messias conforme Daniel 2,28ss. É essa intervenção que
Jesus, depois de João Batista, anuncia como iminente. E isso ele realiza não
por um triunfo guerreiro e nacionalista, como esperavam as multidões, mas de
uma forma toda espiritual”.
[7] A
Igreja Católica, Hans Küng, Editora Obtetiva, RJ, pg 29
[8] A
Igreja Católica, Hans Küng, Editora Obtetiva, RJ, pg 37
[9] A
Igreja Católica, Hans Küng, Editora Obtetiva, RJ, pg 39
[10] A
amada Igreja de Jesus Cristo, Geraldo L. B. Hackmann, EDIPUCRS, Porto Alegre,
pg 181
[11]A
amada Igreja de Jesus Cristo, Geraldo L. B. Hackmann, EDIPUCRS, Porto Alegre,
pg 120/121.
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